sábado, 19 de março de 2011

ONGs protegem agricultura estrangeira contra a nossa

Relator do projeto do novo código florestal, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) acusou ontem ONGs ambientalistas de usarem questões de meio ambiente como arma para favorecer interesses comerciais de concorrentes da agricultura brasileira. Sem nomear qualquer ONG, Rebelo disse que a luta contra as mudanças que propôs para o código, no ano passado, é feita por entidades de ambientalistas financiadas por organizações europeias e norte-americanas que temem a concorrência dos agricultores do Brasil.
“As ONGs internacionais abrem sede no Brasil e recebem dinheiro dos americanos e europeus para proteger sua agricultura contra a nossa”, afirmou o deputado em palestra na sede da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil.
Projeto de Rebelo aprovado por uma comissão especial de deputados, em 2010, foi condenado pela unanimidade dos ambientalistas e está sendo revisto agora, inclusive por interesse do Governo Dilma, para ser submetido ao plenário da Câmara.
Durante o encontro na OAB, Aldo Rebelo defendeu a permanência de plantações à beira de rios, como propôs no ano passado.
“Como expulsar da Amazônia quem planta à beira do rio há 200 ou 300 anos de forma sustentada, como se estivessem cometendo um crime ambiental? Em São Paulo, teríamos que arrancar lavoura de 3,6 milhões de hectares para plantar mata. E aí temos desemprego no campo, queda da renda da agricultura e da arrecadação dos municípios mais pobres, que dependem principalmente da agropecuária”, argumentou o deputado.

Com Brasília Confidencial

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