Barros Munhoz transferiu fazenda para os filhos depois de ser condenado pela Justiça a pagar multa de R$ 400 mil
Promotoria quer anular ato, que visaria "burlar futuras ações judiciais e cobranças" sobre o patrimônio do deputado
O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), é acusado pelo Ministério Público de transferir a seus filhos uma empresa rural, dona de uma valiosa fazenda, para evitar que ela seja usada para o pagamento de condenações judiciais.
Não sabemos qual é a agricultura forte da Fazenda de Barros Munhoz, mas arrisco que deve ser laranja, Josileide Ramos Lima entrevistada pela Folha conta como ficou dona da empresa que ganhou a licitação em Itapira.
Folha - A senhora consta como sócia de uma empresa investigada pela Promotoria. Joleide Ramos Lima - Você acha que tenho condição de ter uma empresa? Um advogado amigo pediu o nome emprestado. Ele fez isso e morreu.
Chegou a receber dinheiro?
Imagina! Nem um tostão. O doutor Cardoso [José Cardoso, administrador de fato da empresa] sempre usou nosso nome e nunca deu problema.
O seu marido é o Ademir?
É um amigo que estava aqui em casa quando o doutor Cardoso veio.
O que ele pediu?
Ele perguntou se poderia usar meu nome por um mês e pouco. Confiava nele.
Posso dizer que a senhora foi usada como laranja?
O promotor falou que a gente entrou de laranja. Nem sabia esse termo. Não sou dona de uma empresa desse porte.
O depoimento foi quando?
Faz tempo, não guardo data. Eu fui chamada e o seu Ademir também. Mas o que posso fazer? Não posso pagar um advogado.
A senhora conhece o endereço da empresa?
Não sei nada de Mogi.
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